terça-feira, 12 de abril de 2011

TURISMO SUSTENTÁVEL I

           Hoje em dia vivemos em meio às poluições, utilizamos os recursos naturais para atender nossas necessidades e na maioria das vezes nem nos damos conta de que o estamos fazendo. Só nos lembramos que tudo parte da natureza quando paramos para ouvir os noticiários que imploram à população que cuide do meio ambiente e desses recursos para que não se esgotem. Ou quando se ouve falar em sustentabilidade, que é um assunto bem comum hoje em dia.Uma atividade que utiliza muito recurso natural é o turismo, que faz da natureza pontos turísticos e exige construções de infra- estruturas para receber os visitantes, porém, tem havido uma série de propostas para amenizar esses impactos, de maneira a conciliar preservação da natureza com a expansão do turismo.
           E é estudando essas propostas que muitas pessoas confundem ecoturismo com turismo sustentável.
          O Turismo Sustentável é uma maneira de manter essa infra- estrutura sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, atendendo às necessidades dos turistas e dos locais que os recebem de maneira simultânea, fazendo o necessário para atender a economia, a sociedade e o ambiente sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos que coordenam a vida.
          Não é fácil estruturar um projeto de turismo sustentável, e muito menos colocá-lo em prática, pois exige atitudes ambientalistas, regras de utilização dos recursos naturais, e um pensamento ecológico, o que se contrapõe ao encontrado hoje na maioria dos lugares.
           Já o Ecoturismo, é a exploração de ecossistemas em seu estado natural, sua vida selvagem e sua população nativa, o que de certa maneira preserva esses ecossistemas constantemente visitados, mas não é estruturado para preservar o meio ambiente, mas sim para fins lucrativos.
           Em 2003 o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT), que tem como base a ética e a sustentabilidade, e vem auxiliado o governo a tomar atitudes ecologicamente corretas.

TURISMO SUSTENTÁVEL II

           Existem hoje no país outros projetos de turismo sustentável como o da Bacia Hidrográfica de Maquiné, que visa à exploração do rio sem causar danos ao meio ambiente, organizando as atividades turísticas já existentes na região e mobilizando a população com esse fim, o projeto de união do Rio de Janeiro e Minas Gerais na luta pelo turismo sustentável, o Projeto Pega Leve, voltado à convivência responsável com o meio ambiente e respeito a ele, entre tantos outros projetos encontrados pelo país afora.
           O Brasil ainda está dando os primeiros passos para o turismo sustentável, havendo ainda aqui uma maior preocupação com o ecoturismo do que com primeiro, mas algumas cidades já o adotaram como, por exemplo, a cidade de Bonito, situada no Mato grosso do Sul, sendo um dos grandes destaques do turismo nacional, adotou uma política sustentável a partir dos anos 90, quando começou a ser mais visitado e sentiu a necessidade de colocar regras no turismo para que não destruísse seus bens naturais.
           No exterior também encontramos cidades que já adotaram o turismo sustentável como Oeiras em Portugal, Rimini na Itália, Nuernberg na Alemanha, Gent na Bélgica, Cremôna e Réggio Calabria na Itália, Antalya na Turquia, Viareggio na Itália, Namur na Bélgica, Termoli na Itália e Salsomaggiore Terme também na Itália, todas componentes da Rede Europeia de Cidades para o Turismo Sustentável organizado no dia 8 de fevereiro de 2010 numa reunião em Bruxelas, a fim de proteger seus patrimônios naturais de um turismo mal estruturado.
           O turismo sustentável e mesmo o ecoturismo são maneiras de proteger a vida mantendo a economia ativa, uma forma de unir responsabilidade ao desenvolvimento, sendo mais um passo para o tão almejado desenvolvimento sustentável.

segunda-feira, 28 de março de 2011

MEIO AMBIENTE

           O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos.
           O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:
           Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."
            O ambiente natural se contrasta com o ambiente construído, que compreende as áreas e componentes que foram fortemente influenciados pelo homem.

AMBIENTALISMO

           O ambientalismo é um largo movimento politico, social, e filosófico que advoca várias ações e políticas com interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza nesse ambiente.
           Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem:
  • Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero;
  • Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis;
  • Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia renovável;
  • Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais como água, terra e ar;
  • Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;
  • Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção;
  • O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.
           Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Feira Literária de Boqueirão - de 24 a 27 de março


Transporte ida/volta em todos os dias do evento.
Opcional: Pacotes com Trilhas Ecológicas pelo cariri paraibano, lajedos, sítios arqueológicos, passeio de barco pelo açude Epitácio Pessoa e hospedagem. Contate-nos!!!!

Contato: ecovida@hotmail.com.br


PROGRAMAÇÃO

* Programação Interativa durante todo o evento com: Exposições, Contações de histórias e atividades culturais.
DIA 24/03 (quinta-feira)
MANHÃ
Credenciamento
TARDE
Credenciamento
NOITE
19h00
ABERTURA DO EVENTO
Palestra com o escritor Bráulio Tavares e o escritor homenageado do evento Ariano Suassuna (à confirmar)
Local: Casa de Shows Hitz
Show de Bossa Nova “Desde que o Samba é Samba”, com Freddy Fevereiro
Entrega (simbólica) da Biblioteca Rural Arca das Letras ao Assentamento Carnoió com a presença do Coordenador do Projeto na Paraíba Pedro Pereira dos Santos e representante do MDA

22h00
MPB NA PRAÇA
Atração: Patrícia e Jr. Menezes
Local: Centro Turístico (Praça da ABES)
DIA 25/03 (sexta-feira)
MANHÃ
09h00 – 10h00
PALESTRA: REGIONALISMOS NA LITERATURA: O NORDESTE ONTEM E HOJE, COM BRUNO GAUDÊNCIO (ESCRITOR E EDITOR DA REVISTA LITERÁRIA BLECAUTE) COM MEDIAÇÃO DE MALCY NEGREIROS (ESCRITOR MEMBRO DA ABES)
LOCAL: CEFAR
10h00 – 12h30
Minicurso: “Conhecendo a poesia de Lenilde Freitas”; com Prof. Dr. Helder Pinheiro da UFCG.
Público alvo: Professores (ensino fundamental e médio) e Estudantes da área de Letras e Pedagogia
60 vagas
Local: Câmara Municipal (sugestão)
Oficina 1: Oficina de Escrita Criativa, com a Escritora Janaina Ricco (DF), destinada a alunos do Ensino Médio.
40 vagas
Local: Escola Padre Inácio
TARDE
14h00 – 15h00
Palestra: IDENTIDADE CULTURAL E FOLCLORE, com Sudha Swarnakar (Profa. Dra. em Literatura Comparada pela Warwick University –.Inglaterra), com mediação de Jane Luiz Gomes (escritora membro da ABES)
Local: CEFAR
15h00 – 16h30
Palestra: LITERATURA DE CORDEL E CINEMA: do folhetim para as telas, com Astier Basílio (Jornalista e Crítico Literário), com mediação de Maxwell Dantas (escritor e membro da ABES)
Local: CEFAR
16h00 – MARCHA PELA LITERATURA, DESFILE PELAS PRINCIPAIS RUAS DA CIDADE COM ALUNOS DO MUNICÍPIO E AS BANDAS FILARMÔNICAS E MARCIAL.
16h30 – 18h00
LANÇAMENTOS LITERÁRIOS E BATEPAPO COM ESCRITORES
NOITE
18h50 – 20h00
I ENCONTRO DE ESCRITORES PARAIBANOS – As perspectivas do mercado livreiro na PB, com o Núcleo Literário Caixa Baixa.
Lançamento Literário: Fragmentos da História da Ordem DeMolay na Paraíba, Prof. Ailton Elisiário (Presidente da Academia de Letras de Campina Grande)
19h50 – 21h00
PALESTRA: SOBRE LIVROS E MULHERES, com Vitória Lima (Prof. De Literatura Inglesa da UEPB)
LOCAL: CEFAR
22h00
MPB NA PRAÇA
Atração: Rildo Menezes
Local: Centro Turístico (Praça da ABES)
DIA 26/03 (sábado)
MANHÃ
MINICURSOS em parceria com a ABRAEC (Associação Brasileira de Estudos Comparativos)
"COMPARANDO CULTURAS: FOLCLÓRICOS LITERÁRIOS"
Curso 1 Contos Folclóricos Chileno e Palestino
Ministrante: Sara de Miranda Marcos Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
09h00 – 9h45
Curso 2 Contos Folclóricos da Romênia e da Índia
Ministrante: Mara Carolina de Lima Galvão Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
09h45 – 10h30
Curso 3 Contos Folclóricos Brasileiro e da Romênia: História De Um Preguiçoso e o Conto Brasileiro O Homem Preguiçoso
Ministrante: Maria Rita Araújo dos Santos Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
10h30 – 11h15
Curso 4 Contos Folclóricos Brasileiro e da Romênia: Aproximações e diferenças entre O Gambá e o Jarro de Leite e A Bolsinha dos dois reais
Ministrante: Ligia Coeli Silva Rodrigues Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
10h30 – 11h15
60 vagas para cada Minicurso
Inscrições Gratuitas
Local: Escola Padre Inácio
10h00 – 12h00
“DE REPENTE, POESIA”, COM POETAS E CORDELISTAS, ANIMAÇÃO COM TRIO DE FORRÓ
LOCAL: FEIRA (MERCADO PÚBLICO)
TARDE
13h50 – 15h00
Palestra: LITERATURA E INTERNET: o papel dos Blogs Literários, com Lau Siqueira (Poeta) e Jairo César (Poeta), com mediação de Magna Vanuza (Escritora e membro da ABES)
Local: CEFAR
15h00 – 16h30
Lançamento do PLL – Plano do Livro e da Leitura da Paraíba
Local: CEFAR
16h30 – 18h00
PALESTRA: COMO TORNAR-SE ESCRITOR: Um Guia Para Escritores Iniciantes, Com Izabelle Valladares e Mediação de Jô Mendonça Alcoforado (Escritora Paraibana)
LOCAL: CEFAR
LANÇAMENTOS LITERÁRIOS E BATEPAPO COM ESCRITORES
NOITE
18h50 – 20h00
PALESTRA: IDENTIDADES AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS, COM JANAILSON MACEDO (ESCRITOR E HISTORIADOR. MESTRANDO EM HISTÓRIA PELA UFCG, INTEGRANTE DO NEAB-Í/UEPB E DOS NÚCLEOS LITERÁRIOS BLECAUTE E CAIXA BAIXA), COM MEDIAÇÃO DE MARIA APARECIDA DE FARIAS (ESCRITORA E MEMBRO DA ABES)

20h00 – 21h00
PALESTRA: CULTURA POPULAR E ERUDITA, COM ENEIDA AGRA MARACAJÁ (PROFA. MS. EM EDUCAÇÃO PELA UFPB E PRODUTORA CULTURAL), COM MEDIAÇÃO DE ERASMO RAFAEL DA COSTA (SECRETÁRIO DE CULTURA DE BOQUEIRÃO)
22h00
MPB NA PRAÇA
Atração: Barbosa Filho e Trio de Forró Pé de Serra
Local: Centro Turístico (Praça da ABES)
DIA 27/03 (domingo)
MANHÃ
MINICURSOS em parceria com a ABRAEC (Associação Brasileira de Estudos Comparativos)
"COMPARANDO CULTURAS: FOLCLÓRICOS LITERÁRIOS"
Curso 5 Contos Folclóricos Francês e Brasileiro; As Fadas de Charles Perrault e A Madrasta do Conto de Monteiro Lobato.
Ministrante: João Batista Teixeira Mestrando em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
09h00 – 9h45
Curso 6 Contos Folclóricos Indiano e Brasileiro: The Unfaithful Wife x A Cartomante
Ministrante: Luciana Neuma Silva Muniz Meira Dantas Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
09h45 – 10h30
Curso 7 Contos Folclóricos Brasileiro e Espanhol: Quirino, vaqueiro do Rei e El Toro Barroso
Ministrante: Aline Ferreira Durães Mestranda em “Literatura e Interculturalidade - MLI"
10h30 – 11h15
60 vagas para cada Minicurso
Inscrições Gratuitas
Local: Escola Padre Inácio
Oficina 2: Oficina de Interpretação do Texto Literário, com a Profa. De Literatura e Escritora Samelly Xavier (PB), destinada a alunos do Ensino Médio.
40 Vagas
Local: Escola Padre Inácio
10h00 - 12h30
TARDE
14h00 – 15h00
PALESTRA: O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA: relato de experiências, com Doci Gomes (Escola Viva Olho do Tempo), Lu Maia (Presidente da FUNESC – Fundação Espaço Cultural) e Mirtes Waleska Sulpino, Presidente da ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores)
LOCAL: CEFAR
15h00 – 16h30
LANÇAMENTOS LITERÁRIOS E BATEPAPO COM ESCRITORES
ENCERRAMENTO
17h00
MPB no Pôr-do-sol às margens do Açude Epitácio Pessoa, com Renato Cesari


Boqueirão, a "Cidade das Águas" na Paraíba

Localizada a 146 quilômetros de João Pessoa, Boqueirão ostenta o título de “Cidade das Águas”, além de ser chamada de “a princesa do Cariri paraibano”. A cidade tem belezas naturais de encher os olhos de qualquer visitante, além de belas construções e um rico artesanato.
A cerca de oito quilômetros da cidade fica o Sítio Marinho. Lá o visitante conhecerá o Lajedo do Marinho, onde a grande atração são inscrições rupestres. Frequentemente, são organizadas trilhas ecológicas para conhecer o local em total contato com a natureza.
A prática das trilhas é considerada de baixo impacto na natureza pelos turismólogos, assim como andar de bicicleta ou a cavalo. A idéia da trilha é desenvolver esses outros hábitos saudáveis e que não agridem o meio ambiente, "É uma verdadeira conscientização para as belezas naturais que as cidades possuem, principalmente as do território do Cariri.

Cidade festeira
Outro motivo para visitar Boqueirão é o seu calendário cultural e festivo, que integra o calendário de eventos turísticos da Paraíba. Entre as festas mais populares estão a Festa de Janeiro, o Carnaval das Águas, o tradicional São João e a tradicional Cavalgada dos Vaqueiros.
Em novembro, a cidade é o cenário do Balaio Cultural, evento que atrai turistas de todos os cantos do Brasil. O Balaio acontece há cinco anos e reúne grupos de danças, companhias de teatro, artistas plásticos e músicos de todos os cantos do País.

Sabores da terra
Outro atrativo de Boqueirão é a sua culinária cheia de sabores e autenticamente nordestina. O turista tem ao seu dispor bares e restaurantes, localizados às margens do Açude Epitácio Pessoa, com o melhor da gastronomia local.
Há desde a tradicional galinha caipira até os deliciosos peixes fritos com pirão de peixe, passando pela famosa buchada de bode e o picado, ambos encontrados no Mercado Público.

Dados sobre a cidade
Área do município: 425 quilômetros quadrados.
População: 16.327 (IBGE de 2008).
Altitude: 355 metros.
Ponto mais elevado: Serra de Cornoió, com 800 metros.
Rodovia de acesso: PB-148.

Circuíto das àguas leva Eco Turismo para Boqueirão

                

      


 
  

quarta-feira, 9 de março de 2011

SUSTENTABILIDADE

           Nunca antes se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nos dias atuais: Sustentabilidade. Mas, afinal de contas, o que é sustentabilidade?
           Segundo a Wikipédia: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.
           Mas você ainda pode pensar: “E que isso tudo pode significar na prática?”
           Podemos dizer “na prática”, que esse conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. Pode parecer um conceito difícil de ser implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. No entanto, não é bem assim. Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração; a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.
           Assim, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma forma, áreas que antes eram consideradas meramente extrativistas e que estavam condenadas ao extermínio por práticas predatórias, hoje tem uma grande chance de se recuperarem após a adoção de projetos de exploração com fundamentos sólidos na sustentabilidade e na viabilidade de uma exploração não predatória dos recursos disponíveis. Da mesma forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que elas ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso esperado.
           A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática exitosa e aplicada com muito mais freqüência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões ainda muito maior do que já existe nos dias atuais.
           De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana.
          A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema. Podem-se citar medidas que estão no centro da questão da sustentabilidade ambiental: a aquisição de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas.
           Os pontos elementares da sustentabilidade visam à própria sobrevivência no planeta, tanto no presente quanto no futuro. Esses princípios são: utilização de fontes energéticas que sejam renováveis, em detrimento das não renováveis.
           Pode-se exemplificar esse conceito com a medida e com o investimento que vem sido adotado no Brasil com relação ao biocombustível, que por mais que não tenha mínina autonomia para substituir o petróleo, ao menos visa reduzir seus usos. O segundo princípio refere-se ao uso moderado de toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render. Em um quadro mais geral, pode-se fundamentar a sustentabilidade ambiental como um meio de amenizar (a curto e longo prazo simultaneamente) os danos provocados no passado. A sustentabilidade ambiental também se correlaciona com os outros diversos setores da atividade humana, como o industrial, por exemplo.
           A sua aplicação pode ser feita em diversos níveis: a adoção de fonte de energias limpas está entre as preocupações centrais, algumas empresas tem desenvolvidos projetos de sustentabilidade voltando-se para aproveitamento do gás liberado em aterros sanitários, dando energia para populações que habitam proximamente a esses locais.    Outro exemplo de sua aplicação está em empresas, como algumas brasileiras de cosméticos, que objetivam a extração cem por cento renováveis de seus produtos. O replantio de áreas degradadas, assim como a elaboração de projetos que visem áreas áridas e com acentuada urgência de tratamento são mais exemplos que já vêm sido tomados.
           Pode-se afirmar que as medidas estatais corroboram perceptivelmente com a sustentabilidade ambiental. Sendo necessário não apenas um investimento capital em tecnologias que viabilizem a extração e o desenvolvimento sustentável, mas também conta com atitudes sistemáticas em diversos órgãos sociais e políticos. Como por exemplo, a propaganda, a educação e a lei.

quinta-feira, 3 de março de 2011

TURISMO RESPONSÁVEL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - Parte I

 
Como um dos fenômenos mais marcantes da atualidade, o turismo é uma das mais pujantes atividades econômicas mundiais, principalmente o setor de serviços, sendo considerado um dos três líderes mundiais em produtividade, com a conseqüente ampliação da oferta de emprego e geração de renda. Entretanto, seu desenvolvimento sempre esteve pautado no mesmo molde de qualquer outra atividade humana - o enfoque econômico. Enquanto o turismo pode contribuir sensivelmente para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural de amplas regiões naturais, tem, ao mesmo tempo, o potencial para degradar o ambiente natural, as estruturas sociais e a herança cultural dos povos.
Com a ausência de um planejamento integrado, a exploração comercial do turismo mundial vem contribuindo, desde os anos 50, para o desequilíbrio ecológico, para a desagregação social e para a perda de valores culturais das comunidades anfitriãs, além de danos ao patrimônio histórico. O turismo passou a ser caracterizado como atividade de massa e tornou-se um voraz consumidor da natureza.
Fugindo da estressante vida cotidiana nos grandes centros urbanos, legiões de turistas postam-se a gozar suas férias o mais próximo possível do ambiente natural sem a preocupação devida com as possíveis alterações ambientais, culturais e sociais que possam estar ocorrendo em função desta massificada presença em determinadas destinações.
Nas décadas de 70 e seguintes, juntamente com o alerta dos ambientalistas e com algumas destinações negativamente atingidas pelo crescente fluxo turístico, aumenta a preocupação dos administradores públicos e dos empreendedores turísticos, estes últimos preocupados em não perder a base dos seus produtos - os recursos naturais e culturais.
No mesmo momento em que a sociedade debate o conceito e a aplicação do Desenvolvimento Sustentável, surgem novos conceitos em turismo. O mercado segmenta-se e produtos com designações próprias, tais como o Ecoturismo, são introduzidos como alternativos ao turismo convencional e possuem em comum a preocupação em oferecer serviços ecologicamente responsáveis, dentro dos princípios de desenvolvimento sustentável.
O turismo, com sua força econômica, não pode deixar de ser visto sob este novo prisma, o da sustentabilidade. Mas a discussão sobre os impactos do turismo no ambiente e nas culturas locais é complexa e ainda iniciam-se o desenvolvimento de metodologias e experimentos que analisem todos os seus aspectos. Qualquer atividade turística implica na utilização do espaço, meios e lugares, os quais requerem organização e planejamento na instalação da infra-estrutura e dos serviços. A ocupação do espaço pela construção de equipamentos turísticos pode gerar descaracterização dos núcleos originais, culminando, em casos extremos, com a segregação social e/ou espacial. Isto tem ocorrido com o turismo dito convencional, onde, de fato, temos muitos casos já clássicos no mercado brasileiro que exemplificam como pode ser desastroso para a cultura e o meio ambiente de um núcleo receptor as atividades turísticas de massa com ausência de um planejamento sério e prévio ao seu desenvolvimento

TURISMO RESPONSÁVEL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - Parte II

TURISMO RESPONSÁVEL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - Parte II
Poucos países possuem um planejamento adequado para o turismo e muito menos tem-se visto planos específicos para as formas alternativas de turismo, como o ecoturismo. O Brasil, apesar de sua fragilidade política e sócio-econômica, característica comum em toda a América Latina, possui uma boa base, qualitativa e quantitativa, de recursos naturais e culturais, os quais são suficientemente diversos para o aproveitamento turístico. Porém, por um lado, não vem vislumbrando grandes fluxos turísticos de origem internacional, obstante seu enorme potencial, e, por outro, os fluxos do turismo interno vem causando uma preocupante degradação de sua vasta coleção de riquezas, principalmente nas precárias áreas protegidas e seu entorno.
As políticas públicas para o desenvolvimento do setor têm sido pautadas por altos investimentos públicos e privados. O governo tem buscado linhas de financiamento de bancos multilaterais como o BID e BIRD, para adequação de infra-estrutura aeroportuária e rodoviária e para implementação de um programa de desenvolvimento do ecoturismo na Amazônia. Os totais dos investimentos do setor público alcançam Us$ 10 bilhões. Ao mesmo tempo, o setor privado investe pesado na expansão da rede hoteleira, com destaque para os altos investimentos das cadeias nacionais e internacionais tais como a Blue Tree e a Accor. Boa parte destes recursos está sendo direcionados para resorts em áreas inexploradas pelo turismo, como o Pantanal, a Amazônia e a costa marinha, com sérios problemas em seu planejamento e execução, tendo um alto custo socioambiental. As somas totais destes investimentos chegam a mais de Us$ 10 bilhões.
No campo do ecoturismo há grandes projetos públicos como o PROECOTUR - Programa de Ecoturismo para a Amazônia Legal, projeto considerado piloto pelo governo e executado pelo MMA através do GTC Amazônia - Grupo Técnico de Coordenação, e o "Programa Pólos de Desenvolvimento de Ecoturismo", lançado pela EMBRATUR juntamente como IEB - Instituto de Ecoturismo do Brasil. Outras iniciativas apoiadas pela EMBRATUR e de menor envergadura foram surgindo, tais como a Agenda de Ecoturismo do Vale do Ribeira, implementado pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo e o Pólo Ecoturístico do Lagamar, implementado pela Fundação SOS-Mata Atlântica, ambas no estado de São Paulo, mas que ainda não obtiveram pleno êxito.
Os grandes destinos de turismo de natureza no Brasil, como Bonito / MS e Chapada Diamantina / BA, estão vendo o crescimento desordenado da atividade, com a implantação de aeroportos e grandes empreendimentos, sem se observar a contrapartida em infra-estrutura básica de saneamento, saúde e educação, uso e ocupação do solo, assim como o envolvimento efetivo das comunidades receptoras, dando origem ao que podemos chamar de "ecoturismo de massa".
Projetos de ecoturismo de base comunitária foram estimulados por organizações ambientalistas, como o WWF-Brasil, numa tentativa de manter o planejamento e gestão sob controle local, assim como os benefícios sócio-econômicos. Em Silves, Amazonas, por exemplo, a comunidade organizada de ribeirinhos investiram na construção e operação de um hotel comunitário, que já vem gerando recursos para a proteção dos lagos de pesca.
As Unidades de Conservação brasileiras que já vêm percebendo fluxos significativos daqueles que procuram o turismo nas áreas rurais, como os Parques Nacionais, sofrem com a falta de recursos humanos e financeiros para sua conservação e visitação ordenada. Para reverter este quadro, o MMA / IBAMA está desenvolvendo um processo de terceirização dos serviços de uso público, por meio de concessões, permissões e autorizações para oferta de serviços turísticos. Alguns Parna's, como o Itatiaia (RJ/MG), Foz do Iguaçu (PR) e Chapada dos Veadeiros (GO) estão na mira dos investidores. Esta iniciativa pode ser uma saída adequada para as carências e ineficiências do Estado, mas o modelo do processo deve ser revisto por 3 motivos básicos. Primeiro a Lei do SNUC ainda não foi regulamentada. Segundo, que não foi previsto nenhum componente de capacitação e preparação prévia das sociedades locais em participar e assumir os compromissos de uma licitação, como garantia de que os recursos obtidos com o lucro do turismo, circulem pela economia local / regional, ao invés de retornar para os grandes centros econômicos do país. E terceiro, preocupar-se com a visitação não garante que o Estado terá eficiência com os outros objetivos do parque, como a manutenção da biodiversidade. Em Foz do Iguaçu, primeiro parque a ter os serviços terceirizados, por exemplo, observa-se uma melhora sensível no atendimento ao turista e na oferta organizada de serviços variados. Porém, isto não resolve os problemas de um dos objetivos do Parque, a proteção da biodiversidade, pois a área continua vulnerável às investidas das comunidades de entorno, que não percebem sua importância e utilidade como agente de desenvolvimento local.

TURISMO RESPONSÁVEL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - Parte III

TURISMO RESPONSÁVEL COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA - Parte III
Assim, estas políticas de desenvolvimento do turismo e do ecoturismo podem ser colocadas em um contexto de difícil aplicabilidade quando se pensa em sustentabilidade ampla pois, além das dificuldades inerentes à esfera pública brasileira (p. ex. carências técnico-administrativas em monitoramento e fiscalização), possuem também lacunas em legitimidade, pois poucas delas procuram contemplar efetivamente a participação das comunidades em todas as fases do planejamento e nas tomadas de decisões.
A grande preocupação dos grupos ambientalistas e sociais se volta novamente para o princípio da sustentabilidade e o temor de que estes projetos estejam somente impulsionando rendimentos econômicos para o mercado e que seu processo deixe em segundo plano estratégias como a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.
Por outro lado a indústria do turismo, com seus capitais emergentes e pujantes sendo despejados em regiões de fragilidade sócio-ambiental, precisa aceitar a sua responsabilidade por seus impactos nos ambientes naturais e nas populações e ativamente agir em busca de reconhecê-los e lidar com sua redução. A adoção de procedimentos responsáveis de planejamento e gerenciamento dos negócios do turismo será uma importante ferramenta de propaganda e marketing para um mercado cada vez mais crescente - o chamado consumidor verde. Estas atividades características do turismo sustentável, estão criando tendências no trade turístico, onde operadores convencionais estão não só percebendo economia de recursos como uma maior possibilidade de atrair consumidores exigentes.
Neste mesmo sentido, a Organização Mundial do Turismo (OMT), juntamente com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e a entidade Earth Council, vêm procurando orientar o mercado para um melhor posicionamento frente aos problemas que o desenvolvimento do turismo vem causando em nível global, principalmente nos países em desenvolvimento. E entendem que o turismo sustentável é aquele que busca as necessidades dos turistas atuais enquanto protege e incrementa as oportunidades para o futuro, por meio de produtos que são operados em harmonia com o meio ambiente local, comunidades e culturas, de modo que estas se tornem as grandes beneficiárias e não as vítimas do desenvolvimento do turismo
Para alcançar as formas sustentáveis de turismo é preciso a responsabilidade de todo o trade, inclusive governos em todos os níveis, organizações internacionais, o setor privado, grupos ambientalistas e cidadãos dos países de destino e dos países de origem do turismo. O desafio para este novo modelo da atividade turística é a sua aceitação por parte de operadores que praticam o chamado turismo de massa. O turismo convencional massificado requer vários níveis de infra-estrutura,  pode  atrair  milhares  de  pessoas  e  pode  mudar significativamente as economias nacionais, regionais e locais gerando sobremaneira impactos negativos (BOO, 1990). Está claro que o turismo sustentável não necessita desta ordem de investimentos, e por conseguinte não é um negócio de lucro rápido.
Formas sustentáveis de turismo têm potencial para contribuir para a conservação de diversidade biológica dentro e fora de áreas protegidas, assim como promover melhorias na qualidade de vida das comunidades locais e regionais. E desta forma o turismo, visto sob uma nova concepção estratégica, deve ser um conjunto de bens e serviços que promova o desenvolvimento das comunidades locais. Não deve ser considerado somente como a implantação de meios de hospedagem, alimentação e locais de recreação e lazer, mas sim, um conceito que integra o desenvolvimento urbano e rural, criando um novo polo de desenvolvimento, com investimentos em infra-estrutura urbana/rural, nas vias de acesso e melhores qualidades nos serviços de educação, saúde e segurança.
Assim, há a necessidade de valorizar e proteger a natureza e sua diversidade biológica, assim como o patrimônio cultural, como a base essencial para o desenvolvimento sustentável do turismo, contribuindo à sua conservação.